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O uso correto do cartão de crédito pode fazer com que você controle melhor suas finanças pessoais, sabendo exatamente o que foi gasto ao longo do mês, seja com compras a vista ou compras parceladas.

Outros benefícios, como o acúmulo de milhas e pontos, também podem ser conseguidos se o cartão for utilizado da maneira correta. Mas para que tudo isso aconteça uma premissa deve ser cumprida: pagar a fatura em dias.

Entretanto, quando não se consegue pagar o valor integral da fatura, qual a melhor coisa a fazer: pagar o mínimo ou parcelar a fatura?

Para responder essa pergunta você precisa conhecer as tarifas cobradas no seu cartão de crédito.

Pagamento do mínimo x Parcelamento da fatura

Ao escolher a opção de pagar o mínimo da fatura, a pessoa entra no chamado crédito rotativo, cujas taxas de juros normalmente são as maiores do mercado e serão aplicadas sobre o valor restante da fatura, isto é, sobre o que ficou em aberto.

Entretanto, para evitar o superendividamento, em 2017, o Banco Central publicou a Resolução 4.549, comunicando as instituições financeiras que o crédito rotativo só pode durar por 30 dias e que, após esse período, ele é convertido em outra modalidade de crédito fornecida pelo banco: o parcelamento do saldo devedor da fatura, que é mais vantajoso para o cliente, uma vez que a taxa de juros é menor.

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É válido lembrar que o não pagamento do mínimo da fatura pode fazer com que seu cartão seja bloqueado e seu nome seja incluído em serviços de proteção ao crédito, como SERASA e SPC.

Quando optar em pagar o mínimo ou parcelar a fatura?

O pagamento mínimo é recomendado quando você sabe que vai ter o valor para quitar a fatura no mês seguinte, ou seja, quando você está precisando apenas de um tempinho a mais para fazer o pagamento integral.

Caso contrário, o parcelamento é o mais indicado, pois seus juros são menores que o do crédito rotativo, principalmente se você o solicitar antes do vencimento da fatura do cartão ou o mais rápido possível após isso acontecer. Dessa forma, evitará integralmente ou parcialmente os juros do crédito rotativo.

Como funciona o parcelamento do cartão de crédito?

Nessa modalidade, o restante da fatura do cartão é parcelada em até 12 ou 24 vezes (dependendo da instituição bancária), com uma taxa de juros inferior a do crédito rotativo. Nesse caso, o limite total fica bloqueado e só é liberado aos poucos, à medida que as parcelas são pagas.

É válido lembrar que tanto na utilização do crédito rotativo quanto no parcelamento da fatura, é cobrado o IOF de 0,38% sobre o valor total mais 0,0082% por dia, até que a dívida seja quitada.

Para saber o custo total do parcelamento, basta verificar Custo Efetivo Total (CET) da operação. Ele informa a soma dos juros, taxas, encargos, tributos e seguros que possam existir.

As maiores taxas de parcelamento da fatura do cartão de crédito

No site do Banco Central é possível ver a taxa de juros cobrada por cada instituição financeira, tanto para o crédito rotativo, quanto para o parcelamento do cartão. Veja a seguir a relação das 10 maiores taxas de juros cobradas para o parcelamento da fatura do cartão de crédito.

PosiçãoInstituiçãojuros % a.m.juros % a.a.
BCO DO EST. DE SE S.A.18,05632,83
BCO BMG S.A.14,21392,66
PEFISA S.A. – C.F.I.12,65317,50
OMNI BANCO S.A.12,64317,26
REALIZE CFI S.A.12,40306,81
BCO C6 S.A.12,35304,34
M PAGAMENTOS S.A. CFI12,31302,66
CREDIARE CFI S.A.12,27301,22
MIDWAY S.A. – SCFI12,09293,44
10ºBCO LOSANGO S.A.12,06292,12
Fonte: Banco Central